Contam-se muitas lendas urbanas sobre a origem deste nome, vão desde a designação atribuída ao filho mais velho de um casal de comunistas na exRDA (Alentejana), até ao modo como um Mouro que trocava os Bês pelos Vês se referia ao Barão Vermelho. Nós cremos acreditar que se trata de um varão de inox duma respeitável "Casa de Chá” utilizado em descidas acrobáticas por uma artista dotada de alguns talentos que estava num daqueles dias… desde aí se mantém de um vermelho mercurio-cromo imaculado!
sábado, 26 de novembro de 2011
Brutalidade Ternurenta
Rocky Redlips era um vaqueiro romântico. E, como todos os vaqueiros românticos era terno e bruto.
Sempre que chegava a casa, após um dia duro de trabalho, corria para a sua mulher e acariciava-a com amor e brutalidade.
Se a beijava, deslocava-lhe o maxilar. Se a apertava nos braços, partia-lhe duas ou três costelas. Se lhe afagava as coxas, era um fémur partido em dois sítios. Mas amavam-se – com esse amor selvagem e primitivo do Oeste.
Naquele dia, chegou a casa particularmente cansado.
Ela aguardava-o de braço ao peito – resultado da última refresa amorosa.
-- Querido – disse ela – Então não se lembra que dia é hoje?
-- Sexta-feira – respondeu Rocky Redlips, desapertando o cinturão e pousando a arma sobre a mesa tosca de carvalho.
-- Não é isso, meu amor... Hoje é um dia especial ... Então não se lembra?...
O vaqueiro fez um esforço de memória. Estava de facto muito cansado.
-- Então diga lá o que aconteceu faz hoje 5 anos ... disse ela.
E de súbito fez-se luz no espírito de Rocky Redlips. A sua boca abriu-se num largo sorriso, bateu com a mão na testa e teve morte imediata por traumatismo craneano.
In Revista do PÃOCOMANTEIGA, Fevereiro 1983
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