quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A Ameaça



Que queres afinal? – Perguntou ela apertando-o contra a parede do elevador.
Ele não se fez rogado e enrolou-a num abraço pela cintura, espremendo-a ao ponto de a sua respiração saltar. Ao mesmo tempo debruçou-se sobre o pescoço, inalando-lhe vagarosamente os vapores perfumados, percorrendo a distância em lânguida ascenção até à orelha e sussurrou enquanto lhe percorre as curvas formas com a língua: quero comer-te...
Os joelhos fraquejaram-lhe e, não fosse ter entrado gente tinha logo ali levantado a miniatura de saia e rasgado as meias.
O quarto dele ficava logo perto, dois pisos acima, e nele tudo se precipitou, num àpice, ou num pouco mais do que isso.

Perdidos num mar de lençóis retorcidos, mortos de exaustão, encharcados em suor, lambuzados, adormeceram finalmente, ela em cima dele, agarrados como se fossem um só, pela noite dentro trocando beijos e carícias e ...
De manhã ele acordou e deu por si sozinho. Dela tinha ficado o cheiro da carne na sua e a promessa velada num escrito a batom, de feições grafitescas no espelho do quarto...

Não perdes pela demora ...

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