quarta-feira, 14 de março de 2012

Contos do Varão III



Entramos e fomos direitinhos ao bar, onde uma garina mamalhuda oferecem o que tinha: bagaço Roskof.
Este era sem dúvida a pior casa de chá que tinhamos alguma vez visitado, desde que deixamos de ir ao Varão, por obras, e isto mesmo contando com o barraco do cigano que ficava nas trazeiras do Lagarteiro e onde, com apenas 13 aninhos esfreguei pela primeira vez as carnes numa gaja. Com toda a gente a ver, perdi-me à passagem pelos joelhos, e sujei as meias da gaja com nhanha, e os meus amigos a ver. Vinte paus, custou-me a brincadeira. Isso e um par de estalos da putéfila. Isto se não contarmos as vezes que as conversas em roda de amigos começam com a cena do meu infortúnio.
Mas isso não vai acontecer hoje aqui, mesmo até porque viemos ver actuar a Alcina Mattrix, que tem estado aqui a actuar. Já vos tinha dito que o Varão está em obras?
Ah... a Alcina e o seu Vailado Varonesco no Bar dos Reis dos Ciganos, espectáculo! Não é a mesma coisa que o Varão Vermelho, mas o grupo de fãs da Alcina segue-a para toda a parte.
Só foi pena o varão daqui ser pintado a spray vermelho ferrari, e o telhado do barraco onde fica ter colapsado por cima da Alcina, com direito a intervenção dos Bombeiros de Rio Tinto, INEM, e até da Judite para tomar as devidas notas sobre a ilegalidade da coisa.
Amanhã vamos montar uma vigília à porta do Hospital de S. João, com velinhas à noite e tudo, e beber umas garrafas de tinto de pacote em homenagem da Alcina, para que melhore depressa, e volte ao convívio do seu grupo de fãs, quer dizer, eu e o Albano, porque o resto da malta é conhecida dali e depois é o diabo para explicar o que estavam a li a fazer.
Volta Alcina, estás perdoada!