sábado, 17 de dezembro de 2011

Contos do Varão I


A “zona vermelha” da cidade tinha nova atracção.
O Toni, habituados que estavamos a ver tudo dele, fez segredo da nova atracção do “Varão Vermelho”, só nos disse que era a gaja que andava a comer.
Não foi preciso dizer mais nada para nos deixar logo com os pelúcios todos arrepiados de antecipação, pois se o Toni anda a comê-la, é porque era pêssega na certa e de estalo como de costume. Fomos logo averbar o António Armário (porteiro/segurança/chulo/mulher-a-dias) com duas milenas para que nos garantisse entrada antes da hora para nos assegurarmos dos melhores lugares da sala, bem juntinho ao varão.
Ainda o estavam a polir quando chegamos.
O espectáculo começou, numa mistura de luzes e cor e música, que nós apreciamos bastante, assim como o próprio varão, do mais polido e brilhante mercurio-cromo que já se viu na cena da varonice nacional, ainda que se encontrasse um pouco baço por alturas do meio do espectáculo, o normal.

Pois, quanto à dita a artista, pois aquilo era um grotesco mastodonte badocha a esfregar-se pelo varão que só visto. Brutalidade! Acho mesmo que deu por lá um certo empeno ao varão.

Das duas três, ou o Toni está apaixonado (o que não acreditamos muito) ou está na altura da revisão dos 100.000 às lunetes que devem estar a precisar de ser trocadas, aquilo mais parecia o filma Orca, a baleia assassina a esfregar-se no varão ... que coisa hedionda ... p.q.p.!

Sem comentários:

Enviar um comentário