Mais do que contos passados no sobe e desce do nosso
mercuriocromado Varão Vermelho, há algum tempo atrás, iniciamos uma auscultação
pública àcerca do que são dos fetiches dos portugueses e portuguesas que
frequentam o VV, tendo efectuado algumas revelações que fazem supor que afinal
a veia fetichista não está enterrada, conforme alguns fazem supor.
Há fetiches bem estranhos e alguns bem banais, por exemplo
será difícil conseguir « fazer o amor com uma mulher verde ou lilás com três
mamas», mas muito mais fácil por certo será «pagar para comer uma puta feia e
gorda e sebosa apelidada de Abelha Maia» ... algo que por certo não falta,
nomeadamente na mata de Ovar onde uma delas tem a sua própria carrinha (só não
ficamos a saber se se chama Abelha Maia porque fugimos antes de saber por
quanto ficava, afinal, o tombo).
Uma transeunte alvicastrense vesga de 64 anos confessou-nos
que o seu maior fetiche eram os homens com pelo no peito, «não tipo Tony Ramos,
que tem mais pelos que algumas espécies de macacos, mas um peito abundante de
pelos sem ser em demasia por onde me possa enfiar os dedos até ... perder os
sentidos... Olhe, pode até ser careca mas, o pelito no peito é que não
dispenso.»
Um jovem professor de trabalhos manuais da Brandoa chamado
Alberto, disse à nossa voluntária pesquisadora Vanessa que: « Fetiche, isso não
sei, mas quando me sair o Totoloto vou comprar uma escrava... para todo o
serviço!» (sorriu e babou como se já a estivesse a sentir). Os jogos de
azar/sorte são quase um lugar comum no fetichismo nacional, por um lado por ser
(o ganhar um prémio chorudo) já por si um fetiche, mas pelo que poderão
potenciar de realização dos sonhos mais depravados. A seguinte, já nem nos
recordamos bem onde surgiu, talvez uma peixeira do Bolhão: « Ai sabe senhôre,
se me saísse o Totoloto, assim muito dinheiro, ia bibere para uma praia
deserta, assim daquelas como das rebistas, passaba o dia toda descascada a
fazer croché e tinha assim um rapaz jeitoso, assim como o senhôre, para me abanar
com uma folha de palmeira quando estivesse com os calores e me chegar uma
cerbeija, e tambênhe, para me fazer os calores à noite, porque faz frio à beira
mar!»
Um taxista anão de Alcabideche confessou que o que ele
gostava mesmo era de «papar uma negra albina em cima de um Icebergue» e que
para isso andava a trabalhar como um louco desde 1979 para juntar dinheiro para
a viagem (do icebergue).
Uma professora universitária de meia-idade, de matemática e
física aplicadas que tem orgasmos de cada vez que sonha estar a fazer amor num
andaime com um engenheiro de minas enquanto ao mesmo tempo lhe morde nos
testículos. Sonho algo complicado de por em práctica a não ser que, utilize
para isso um andaime com dois engenheiros.
«Amigo, eu já papei muita gaja de muita maneira e feitio,
sempre a pagar, que eu cá não quero cunfias, mas se há coisa que eu não faço é
despir-me todo!», quando tentamos saber mais, o “Berto”, aliás do nosso vizinho do 5º esquerdo, o Adalberto da Silva
Nogueira, ele esclareceu: «Nunca, mas absolutamente nunca tiro as meias de
algodão!... sabe-me bem, que querem...»
Numa agência de viagens viemos a descobrir que algumas
clientes, por sinal só um, uma rapariga nova, na casa dos 50, insiste há alguns
anos em escolher férias em vários resorts junto ao Mar Vermelho, no Egipto.
Parece que o objectivo dela é «fazer o amor com um par de egípcios novos (não
mais de trinta anos cada um)»... Ao que parece, vai continuar a tentar, por
entre sorrisos e calores nas maçãs do rosto, a operadora da agência lá nos foi
dizendo que: «acho que ainda não
descobriu o resort ideal...» .
Gumersindo, nome ficcionado para a história seguinte, contou
à nossa Vanessa enquanto lhe galava a curvilínea bunda SuperXL: «Ainda há dias
conheci duas garinas, uma delas um caga-tacos e a outra uma lambisgóia comprida,
mas as duas muito boas. Fomos no carro de uma delas para o motel e nem passaram
da garagem, a mais pequena queria à força toda que lhe comesse a passarinha na
parte de trás do carro, um Mini ainda por cima! Tive de me dobrar todo mas
dei-lhe para tabaco que ela nunca mais vai querer vender o carro só para se
lembrar. Enquanto isso a outra andou do lado de fora do carro a ver, a
esfregar-se toda e a tirar fotografias com o telemóvel, depois deitei-a em cima
do tejadilho e como não me tinha restabelecido, fiz-lhe um “minute de silêncio”
com tantas ganas que acho que ficou com a coisa mais saída para fora, até fazia
chumaço nas cuecas. Estava eu de pé encostado ao carro a “minutar”, e a “caga-tacos” aproveitou,
abriu a janela e ainda abusou de mim outra vez. Uma loucura, que até se me dá
ouras a pensar nisso.»
Terminamos despedindo-nos com amizade até ao próximo
programa, aproveitando para citar um dito antigo, no tempo da minha santa mãezinha,
pessoa de gostos simples, para quem o equivalente a um fetiche seria ... uma noite sossegada.
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